REDENÇÃO
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Relutei, e por algum tempo,
fui companheira à solidão.
O coração fechou-se em copas,
fugiu da desilusão.
E numa tarde, entre versos e rimas,
o carinho tomou-me de assalto.
O desejo superou a vontade
de aquietar-se no canto.
Cresceu, aos poucos, a ternura.
Logo após, veio a vontade...
Vontade de te buscar...
Vontade de matar as saudades,
no corpo a corpo me perder.
E no desenlace, o mais terno abraço viver.
Quero o uníssono de bocas e beijos...
Venha matar meu desejo, minha vontade de você.
Poeta Aarão Josué Barbosa
Procurei não mais me apaixonar,
queria por companheira apenas a solidão.
Coração fechado,
cansado de sofrer tantas desilusões.
Numa tarde,
entre versos e rimas
sem pedir licença
alguém entrou.
Lutei contra o desejo,
coração machucado,
não queria mais sofrer.
Sentimento crescendo,
foi mais forte que eu.
Aí então a vontade...
Vontade de ter-lhe aqui...
Vontade de matar meu desejo
de em teu corpo me perder.
E por fim num abraço só você e eu.
Preciso do encontro de nossas bocas, em beijos...
Para matar meu desejo, minha vontade de você.