Entre o bem e o mal

No calabouço de meu dissabores

solo frio e úmido se juntam

no escuro de meus horrores.

A arena em platéia se faz

bancos e escadas furiosos

contemplam corpos no jaz

em silêncio de prece às paredes

inertes, frias e gélidas não mais

corpo e alma na dúvida do talvez.

Minhas entranhas perdem socorro

como último pedido moribundo.

Soam as cornetas...

em armaduras me visto

na dúvida "morro"

olhos que brilham neste submundo.

Apreciadores do fim sem vencedores

só dor

minhas vistas se turvam

me posto à teus pés.

Bem no mal

Mal no bem

Amém.

_____________________________________M.O

No labirinto de meu horror em dores

no silêncio da pedra fria e úmida ficam

no mais escuro de meus temores.

Nesta arena de platéia que vem e vai sem paz

olhares postados curiosos e furiosos

corpos que tombam diante do não mais

ouvidos juntos às paredes, preces em grades.

Almas em desfiles, corpos inertes no nunca mais

onde está a vida?! Transição tenua por sua vez

minhas entranhas pedem mais um sopro

roga por mais uma vez neste mundo.

Soam as cornetas...

sou a armadura que espera o Cristo

na dúvida "morro"

no olhar um pedido de luz lá no fundo.

Desejosos do fim sem vencedores

ainda há dor

o brilho que desvanece, vida que desaparece na curva.

Oh! Deus me posto a teus pés

Bem no mal

Mal do Bem

Amém.

_______________________________________Riana Braga

Riana Braga e M.O
Enviado por Riana Braga em 02/11/2016
Reeditado em 02/11/2016
Código do texto: T5810913
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