Doce Lascívia

Acaricio mansamente

as névoas da tua boca.

Deixo as neblinas livres

e afugento a tristeza

que ronda o ar parado, noturno.

O luar vira concha, me refresca.

abraça-nos diante das estrelas,

que se completam de amor

e esquecem que somos um só,

num redobrar de tanto amar.

Então...

Por tuas mãos, como instrumento

vejo-me a vibrar tuas melodias,

quando absortos entramos em êxtase,

pelos poros das mil luas que acaricias.

E o luzir do meu corpo, em lençóis de mar

A traduzir gemidos, em delírios perdidos

É fremir das trincheiras da minh'alma

Ora, revoada de aves em pleno alvoroço

Ora, dócil fêmea em profana calma.

Luciana Bianchini e Rita São Paulo

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Luciana Bianchini e Rita São Paulo
Enviado por Luciana Bianchini em 25/10/2016
Reeditado em 25/10/2016
Código do texto: T5803060
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