Negror do Ângelus
Quando hás de reclinar o anjo funéreo,
Ó luar dos mochos ascos, maus, funestos!...
Com que hajas de assobiar os loucos prestos
A subir-me à atra cruz do cemitério.
Em eco asco, ardoroso, aziago, etéreo,
Lá estás com a alma dos clarões honestos
A assombrar-me com sangue, é o luar dos restos...
És um anjo malvado, atro e venéreo.
Mas se atingires, pobre, este recanto
E provares do opróbrio humano o fel,
Ó desgosto, derrota e afronta ao brio!
Co'a boca a arder, o verso a ti eu canto;
Escrevo e a pena parte no papel.
Volta às brumas! Que o mundo é bem mais frio...
Lucas Munhoz & Marcel Júnior - 26/09/2016
Os dois quartetos foram feitos para mim - Lucas Munhoz
Os dois tercetos foram feitos para o meu amigo - Marcel Júnior
O soneto já duetado feito para mim e amigo Marcel Júnior.