Ah, o amor
Amar é complicar um sonho
Que transpira ereto na fantasia
Dilatando o caminho da desilusão
E no longo espaço desnuda-se
Para colorir o silêncio íntimo entre as rosas
A saudade desenha a sua ausência
Para sublimar a imensa falta que faz o amor
Deixando profano o devaneio
Amar é contrair o instinto
Por onde se ejacula o abismo
Que escorre numa divina vereda
Para santificar a doçura da solidão
Abnegando o silêncio íntegro e sereno
Juntando todos os desejos finais
No entrelaçar de ideias que protela a solidão
Pelos fios cruzados de um cansaço inútil.
Um sentimento que faz a vida sorrir
Lembrar que se era feliz e não sabia
A vida era apenas uma brincadeira de roda
A menina cresceu
Se apaixonou sem chão ficou
O belo não era tão belo
O que parecia um conto de fada
Foi um encontro com a desilusão
Na mansidão de um mundo tão pequeno
O pobre coração sofreu de amor
Ainda assim o tempo não parou
Vamos seguindo mesmo sem o grande amor.
1° Estrofe: Gernaide Cezar
2° Estrofe: Maria Mendes