O teto, a corda e o chão

Encontrando algo a ser preenchido

Bem próximo ao grito cessado

Perdido no âmago costurado

Feito livro amassado e remexido

O teto, a corda e o chão

Meu teto de vidro,

Dou corda

Quase que perco chão

A ponta de uma faca no peito

Perigosa, cirúrgica e libertadora

A chave para remediar o ato feito

Livrar-se da culpa arrebatadora

Me dopo como puro êxtase

Agonizando esse efeito

No leito de agonias

Nos lados de cátedras opulentas

Vivem monstros assombrosos de lama

Pegajosos, de atitudes fraudulentas

Autores e executores de uma trama

Trama cenas

De dramas

O espetáculo de

Um palco vazio

Vários modos de correr

Sussurros que sibilam com o vento

Indicam a forma de abater

A incessante dor do tormento

Gritos que atormentam

Minha alma,

Clama por socorro,

Ventos que sobram

Nem sempre a favor

Mundos fantasiosos invadem

A realidade perdida nas mãos

Movendo as mentes até que se acabem

Num extenso lamaçal de ilusão

Um mundo de fantasias

Criado de ilusões,

Amores platônicos

Me fazendo perder o chão

Hivton Ferreira e Morgana Santos

Morgana Santos
Enviado por Morgana Santos em 18/08/2016
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