O teto, a corda e o chão
Encontrando algo a ser preenchido
Bem próximo ao grito cessado
Perdido no âmago costurado
Feito livro amassado e remexido
O teto, a corda e o chão
Meu teto de vidro,
Dou corda
Quase que perco chão
A ponta de uma faca no peito
Perigosa, cirúrgica e libertadora
A chave para remediar o ato feito
Livrar-se da culpa arrebatadora
Me dopo como puro êxtase
Agonizando esse efeito
No leito de agonias
Nos lados de cátedras opulentas
Vivem monstros assombrosos de lama
Pegajosos, de atitudes fraudulentas
Autores e executores de uma trama
Trama cenas
De dramas
O espetáculo de
Um palco vazio
Vários modos de correr
Sussurros que sibilam com o vento
Indicam a forma de abater
A incessante dor do tormento
Gritos que atormentam
Minha alma,
Clama por socorro,
Ventos que sobram
Nem sempre a favor
Mundos fantasiosos invadem
A realidade perdida nas mãos
Movendo as mentes até que se acabem
Num extenso lamaçal de ilusão
Um mundo de fantasias
Criado de ilusões,
Amores platônicos
Me fazendo perder o chão
Hivton Ferreira e Morgana Santos