Dueto em Indrisos - Uma diversão poética d'mores
Composição compartilhada entre mim e Poeta Olavo, com alternância dos Indrisos
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Ele:
Quem não pede não ganha,
Quem não chora não mama,
Quem não corre não alcança.
Quem não sofre não perdoa,
Quem não sabe não enxerga,
Quem não ama não vive.
A vida nos pede para amar.
Amar e ser amado é viver.
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Eu:
Quem não se insinua,
Não ganha a lua,
Quem não se entrega,
Perde e não leva.
Porque o que enleva,
Tira il cuore da relva,
Numa dança poética.
Uma revoada estética!
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Ele:
Quem não chega não segura,
Quem não beija não envolve,
Quem não abraça não afaga.
Quem não troca não recebe,
Quem não fala não escuta.
Quem não sonha não realiza.
Quem não morde não prova.
Quem não toca não excita.
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Eu:
Quem não incita não dança,
Porque o bailar do tango instiga
Belos passos, firmes enlaços.
Quem não sabe não brinca
Onde as águas são profundas,
Nem se atreve tão intensamente.
Se os desejos têm peso, sei bem o que escrevo.
Quem mata os versos, deixa o poeta sedento.
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Ele:
Quem não lê não participa,
Quem não tem sede não bebe,
Quem não dança não acompanha.
Quem tem desejos não pensa,
Quem não sonha não imagina,
Quem não rima não verseja.
Escrevo poesias para conquistar.
Não para jogar versos ao léu.
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Minha inspiração se esvaiu em brisa - e de quem nunca?
Meus pensamentos misturam-se em danças de versos - e de quem nunca?
Será um mistério, outrora tormento?
Mas continuo no meu tango - problema se não o segues.
Quem nunca perdeu-se no compasso
A um passo dos sonhos?
Verdadeiramente quem 'pouco nuncas' , cegou-se às nuances.
E quem 'não pouco' perdeu-se nos desejos?
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Ele:
Ela chegou das Alterosas,
Trouxe-me olor das rosas,
Até comparou-me a Apolo.
Sou um Adônis que insiste,
Em conquistar a Afrodite,
Dançando tango nesse solo.
Apolo, deus do sol, da beleza, artes e poesias.
Adônis, condenado por Ares por amar Afrodite.
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Amado Adônis-Apolo, não quero teu sangue transmutar em vermelha rosa
Nem que voltes do submundo para ficar parte do ano ao meu lado
Quero-te vivo, pra envolver-te réu em minha prosa
Teu amor por mim traz beleza, nesse duro coração imaculado
De véus a ventania se esvai todo este meu medo calado
E que seria da dança mais linda sem todos os teus compassos?
De teus versos quero apenas fulgor de uma chama.
De você quero todo o carisma, nunca passando por sentimentos de Mirra.
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Ele:
Se pudesse lhe embalar no colo,
Fazê-la ninar como uma criança,
Ainda teria uma leve esperança.
E não será Adônis e nem Apolo,
Que me trará de volta Afrodite,
Que agora deixou-me tão triste.
Deusa grega-mineira e musa preferida do poeta.
Apaixonou-se por seus versos e não pelo dono deles.
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Amado, não sabes o tanto que penso em ti
Mas nosso amor, como sol e lua,
Não será vivido aqui.
Quisera eu, embalada nos teus braços, ser eternamente tua deusa
Em teus ombros com carinho, acostar-me
E em arrepios acariciar-te
Apaixonei-me pelo o que há de mais lindo em ti
E em sonhos, deliro com teus sussurros sedentos de meu tautograma.
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Ele:
O sol e a lua nunca se encontrarão.
E enquanto ele dorme e ela acorda
O poeta na noite sua musa aborda.
Quisera que meus versos de paixão
Mostrasse pra você que meu sonho,
É ter seu amor pelo que componho.
Minha poesia é uma declaração de bem-querer e muito afeto.
A declaração de um triste súdito apaixonado por sua rainha.
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Quem sabe no eclipse nos encontraremos
Ardorosamente veremos sonhos transmutarem-se
De teus versos apaixonados apoderarem-se.
Não se entristeça, meu doce súdito, de nossos desejos viveremos
Acolho com intenso amor tuas declarações
E as adentro, mergulho, misturo-me às tuas emoções.
Não provoco-te a bel prazer, muitas vezes até é sem querer.
As vezes me excedo, tu me acolhes, recolhes meus adendos, confundes-me!
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Ele:
Quero-te com versos ou sem versos
Passear por seus lados controversos
Ter a sensação de possuí-la inteira.
Quero vê-la com os olhos brilhando,
Toda vez que eu estiver lhe amando,
Chegando mais sério na brincadeira.
Brincadeira poética que mostra o que é o romantismo.
História de sonhos voláteis que vão e voltam ao vento.
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Carinho meu, é tão intenso esse teu querer
Que abarca-me, entranha-me a alma, quase um sem querer
Intencionalmente exposto à me seduzir.
Fico deliciosamente entregue, amo
A todos desejos incríveis que realizo
Ao lado de um poeta romântico, suave, gentil...danço!
Danço com tua beleza poética, furtivo ardor de um amor eclético!
Versejo nesse vento em furacão que me consome em infinita atração.
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Ele:
Segure-se em minhas asas para voar,
Tome conta de mim por este espaço,
Se envolva em tudo que digo e faço.
Vamos aterrizar nesse belo versejar,
Deitar no aconchego da nossa cama.
Porque você vai sentir como se ama.
Entregue-se com amor, desejos e sofreguidão.
Porque as nossas poesias não vivem sem paixão.
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Meu agradecimento e carinho a Olavo pela interação e constante incentivo poético!
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