Somos personagens....
De historinhas em quadrinhos.
Onde a vida pública...
Um exemplar...
A cada ciclo concluído!.
Carmot Simone.
...
Estava um gibi...
Em meio a livros de poesia.
Me chamou a atenção...
O colorido de sua capa...
A soltar cores vivas.
O papel tinha...
Um toque de pele.
Fugia do patrão...
Balãozinho de diálogo...
Com duas costuras...
Sobrepostas.
E nas sobrepostas paginas...
Um cheiro feminino...
De silêncio e palavras.
Que mexia...
Com meu líbido...
De leitor.
Era um personagem...
Com ciclos de infância...
Adolescência...
E maturidade.
Cada quadrinho...
Não era de imagem fixa.
Mas de sua liberdade...
Em movimento...
E crenças que confina o leitor...
E convida a viajar nesse tipo de arte.
Era feita de instantes...
A brincar de esconde esconde...
E amor próprio.
Vivia sensações...
Que parecem intermináveis.
Feita de sequencias...
E consequências.
Chorava...sorria...
Entre riscos...
Ameaças e perigos.
Embriagava-se...
Carregada pelo tempo...
Para ansiosas expectativas.
Nas linhas...
De seu rosto...
Das paginas passadas.
Verdades infinitas...
De suas expressões faciais.
Lia como as via...
Num processo...
De sentimentos e emoções.
Até suspirar...
Na ultima página...
Deste único exemplar.
Mas não a fechei...
Pelo conforto...
De relê-la.
Como se...
Uma ordem determinada...
Me dissesse.
Sou...
O constante...
Do inconstante...
Eterno.
Seu vicio do agora...
Por mais uma leitura.
Romilpereira