Dueto: Formalidades
 
(Aliesh Santos)
Pra que tanta formalidade,
Se o que queres, em verdade,
É sentir o calor de minha pele, nua,
Colada a tua? Pra que tanta educação,
Se o que quero é me envolver
Em teus braços, perder-me em teu abraço
E me deixar levar por essa paixão?
Chega de tanta polidez...
Entre nós ainda existe muito desejo,
Nem precisamos de um beijo,
Pra perceber que nada mudou...
Então, vamos parar de fingir situações...
Dá pra sentir, só de nos olhar,
O teor de nossas intenções...
Vejo que não me esqueceu...
E, quer saber da verdade? Eu também não...
Poupemos desnecessárias palavras,
E discussões que não levarão a nada...
É inútil evitar meus olhos, de mim,
Hoje não vais fugir...
Hoje eu vim te seduzir...
Hoje tu serás meu!


 
 
(LHenrique Mignone)
Como agir frente a todos e aparentar naturalidade,
Conter o ímpeto de desnudá-la, cobri-la de beijos,
Sufocar no peito os clamores do incontido desejo
De perder-me em seus braços e matar esta saudade?

Como dissimular se nesta temperatura ora amena,
O calor irradiado pelas lembranças de sua pele nua
Colada a minha, aquecia-me tanto quanto a sua,
Na simbiose perfeita a que nos resumíamos apenas?

Como fingir que em nós não restaram recordações,
Evitarmos olhares tipo não quer nada, dissimulados,
Se nossos corpos expressam o quanto foram amados,
Por este tempo em que desfrutamos essas emoções?

Não importa saber para onde vai, por onde caminha,
Deixa tudo de lado, esquece de todas as formalidades,
Caminha junto a mim de novo em busca da felicidade,
Que encontrou a meu lado, no tempo em que era minha.
Aliesh Santos e LHenrique Mignone
Enviado por Aliesh Santos em 08/07/2016
Reeditado em 09/07/2016
Código do texto: T5691732
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