Monólogos prostitutos que se entrelaçam
"Versos Íntimos de um frágil botão".
Fecunda inspiração. Letras férteis e parideiras de luz. Beleza, trama, costura, folgador e bordados em amor(tecidos).
Uma poesia que ao mesmo tempo tem uma roupagem quase vestal, angelical, remete a hóstias, ao sagrado, a candura. Poesia doce, cristais de um tempo, em que até ouço músicas invadindo as suas catedrais. Por outro lado é também uma poesia meretriz, dessas que cheiram hálito etílico, boemias, bares, cheiro de cigarros, becos dúbios, poesia madrugueira. Uma poesia dessas que amanhece em coma depois de uma noite de bebedeira, poesia meretriz, de putas e cafés baratos. Mas de uma insanidade tão louca, que amanhece e toma um chuveiro demorado, perfuma o hálito com rosas, veste um olhar altivo e vai para o dia que se abre. Uma poesia que trabalha enquanto escuta música clássica e quando volta pra casa brinca de nuvens nos anéis de fumaça de um cigarro sem dar nenhum trago. Depois adormece o fim deste dia nas cinzas que preenchem o sonolento cinzeiro. Dona de uma poesia viva que vaga na sua sina de ser dama e puta (sem mea culpa). Poesia dúbia em um corpo de inteiros.
Todos os versos acéfalos, multifacetados, tridimensionais, paradoxais causam desatino, dissabores, mil ímprobos, ordinários, esquisitos. Talvez porque versos Incivis e léxicos não precisam de permissão para atracarem-se livremente por ai, sorrir e seguir seu destino, possuem orbita própria. Já fazia um bom tempo que eu não bebia em uma fonte de letras e quisesse continuar com sede. Da minha pequenez de olhar eu digo sem medo de errar, temos aqui um dos grandes expoentes de letras, desta era moderna que se esparrama pelo virtual e vai ao real. Desejo que arranje mais tempo para compor tuas belas letras. Por enquanto, do que leio por aqui, todas elas merecem ser enfeixadas num belo ramalhete de poemas. Uma facção de concepções dignas de serem organizadas, lidas, relidas e desguardadas.
Uma oração, uma reza, uma citação, uma lenda alada, uma palavra que rumina ou é ruína? Significados tantos, crescer, fazer, construir. Quantas cidades sitiadas de luz um par de mãos perfumadas podem erguer? Não sei. O que sei é que de "uma palavra" surgirão tantas outras, e são destes invisíveis que refazem-se, e que talvez só os loucos como eu possam ver. Eu não sei. O que eu sei, é que os meus pés cansados sempre chegam antes dos meus olhos cegos, e eu sempre ouço as minhas mãos de barro nesse re(fazer). “Uma palavra”. Quão bela construção, e tão plena de significados teremos mais aqui? SÓ UMA PALAVRA E QUANTAS MAIS?
"Versos Íntimos de um frágil botão".
Fecunda inspiração. Letras férteis e parideiras de luz. Beleza, trama, costura, folgador e bordados em amor(tecidos).
Uma poesia que ao mesmo tempo tem uma roupagem quase vestal, angelical, remete a hóstias, ao sagrado, a candura. Poesia doce, cristais de um tempo, em que até ouço músicas invadindo as suas catedrais. Por outro lado é também uma poesia meretriz, dessas que cheiram hálito etílico, boemias, bares, cheiro de cigarros, becos dúbios, poesia madrugueira. Uma poesia dessas que amanhece em coma depois de uma noite de bebedeira, poesia meretriz, de putas e cafés baratos. Mas de uma insanidade tão louca, que amanhece e toma um chuveiro demorado, perfuma o hálito com rosas, veste um olhar altivo e vai para o dia que se abre. Uma poesia que trabalha enquanto escuta música clássica e quando volta pra casa brinca de nuvens nos anéis de fumaça de um cigarro sem dar nenhum trago. Depois adormece o fim deste dia nas cinzas que preenchem o sonolento cinzeiro. Dona de uma poesia viva que vaga na sua sina de ser dama e puta (sem mea culpa). Poesia dúbia em um corpo de inteiros.
Todos os versos acéfalos, multifacetados, tridimensionais, paradoxais causam desatino, dissabores, mil ímprobos, ordinários, esquisitos. Talvez porque versos Incivis e léxicos não precisam de permissão para atracarem-se livremente por ai, sorrir e seguir seu destino, possuem orbita própria. Já fazia um bom tempo que eu não bebia em uma fonte de letras e quisesse continuar com sede. Da minha pequenez de olhar eu digo sem medo de errar, temos aqui um dos grandes expoentes de letras, desta era moderna que se esparrama pelo virtual e vai ao real. Desejo que arranje mais tempo para compor tuas belas letras. Por enquanto, do que leio por aqui, todas elas merecem ser enfeixadas num belo ramalhete de poemas. Uma facção de concepções dignas de serem organizadas, lidas, relidas e desguardadas.
Uma oração, uma reza, uma citação, uma lenda alada, uma palavra que rumina ou é ruína? Significados tantos, crescer, fazer, construir. Quantas cidades sitiadas de luz um par de mãos perfumadas podem erguer? Não sei. O que sei é que de "uma palavra" surgirão tantas outras, e são destes invisíveis que refazem-se, e que talvez só os loucos como eu possam ver. Eu não sei. O que eu sei, é que os meus pés cansados sempre chegam antes dos meus olhos cegos, e eu sempre ouço as minhas mãos de barro nesse re(fazer). “Uma palavra”. Quão bela construção, e tão plena de significados teremos mais aqui? SÓ UMA PALAVRA E QUANTAS MAIS?