Mais uma noite de solidão!


É tarde da noite, chove lá fora,
as horas escorrem por entre meus olhos insones...
Não agüento tanta solidão em mim,
apertando meu coração agora!
Uma música evola em nosso quarto,
a música que você tanto adora...
Um vinho, o nosso vinho, bebo eufórica!
-Como queria que você estivesse aqui comigo!
E não na distância, que te levou embora!
Passo as mãos em teu travesseiro,
querendo acariciar-lhe a face ausente...
Toco meu corpo, onde o seu tocar me alvoroça...
Solidão...
Imenso deserto, decerto miragens em mim provoca!
E dentre as brumas da noite, onde estou imersa
sua figura aparece e cresçe ...
Ante meus olhos vejo o brilho de teus olhos,
o sorriso que tanto amo...
A face, o rosto no qual deponho meus acalorados beijos!
O pescoço, o pescoço que tanto acarinho e me enrosco a fazer-lhe carinhos que lhe arrancam murmúrios intensos...
O dorso onde deito-me e esparramo meus cabelos...
Os braços, que me prendem com uma firmeza delicada! Vejo-lhe as mãos, os dedos
que tanto em mim já caminharam
enchendo-me de prazer e desejos...
Neste momento sinto-o deitar-se ao meu lado,
me envolver em abraços e beijos...
Nossos membros se entrelaçarem,
nossos corpos saciando os seus desejos...
Neste momento tão mágico,
o murmúrio no fundo da garganta dantes preso,
se propaga pelo ar...
É quando o seu desenho, que meus sentidos crêem ao meu lado,
some como um sonho...
A realidade quebra a fantasia de meus desejos...
A noite continua...
E você comigo não esta!

Edvaldo Rosa 
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Mais uma noite de solidão!

A chuva na  vidraça
são lagrimas que a noite
está derramando por mim,.
noite amiga, companheira
estamos solidárias...
estamos solitárias...
pelo meu rosto
resvalam lágrimas de dor!
 
No nosso quarto tudo me fala de ti!
Toca a nossa música,
aquela que adoras
e que eu comecei a amar
porque era a tua música,
Quero desligar porque doi,
lembra momentos felizes
e porque foram felizes
ainda mais lembram,
e ainda mais doi.

Recordações
em que enlaçados redopiávamos
entre passos de dança  e beijos.
 
na solidão da tua ausência
sinto-me vazia,
oca,
amorfa,

Olho em redor
e em tudo vejo a tua presença...
a mesinha no nosso quarto.
lá está a garrafa com o teu vinho preferido,
os copos em que brindávamos,
à alegria, ao Amor, à Vida
estão vazios e continuam à tua espera
A Nossa cama
agora sempre composta,
não há roupas pelo chão
tiradas à pressa como se o mundo fosse acabar,
a colcha sempre colocada
tudo arrumado,
 mas sem vida!
 
Nesta noite,
peço ajuda às Estrelas,
 à Lua
e peço forças a Deus,
que onde quer que estejas
 te leve o meu recado
tudo aqui  está  a chamar-te!

Dulce Saldanha

(04.06.2007)