Dueto : Quando és meu tudo
Das tantas vezes quando nos amamos, contudo,
Sinto tua alma, tua essência, mesmo sem vê-las,
Num efeito etéreo, ao nos integrarmos às estrelas,
Ao sussurrares ao ouvido que de mim queres tudo.
E imergimos no mais profundo de nós mesmos,
No infinito sugar do que em síntese sempre fomos,
Amantes inveterados, alucinados quando somos
Animais no cio, ansiosos por este amor enfermo.
E deliramos neste gozo insano em que te açodas
Vendo que te diluis, ao atingido o ápice de teu imo,
Ao beber no cálice as lágrimas de tua essência toda,
Teu néctar, suprema glória dos deuses, sem engodo,
Na simbiose perfeita do que de nossos mais íntimos,
Ao te retribuir com meu gozo e me sorveres, todo...
Quando me sinto tua, geralmente já estou nua,
Espalhada em tua cama, despudorada,
Sendo tua dama, bem mais que musa,
Sendo tua deusa, bem mais que amante,
Sendo simplesmente a fêmea que usas...
Mas, se preferires,
Posso ser apenas nuance de dois corpos entrelaçados,
Gemidos e sussurros indecifrados, proferidos,
Posso ser o néctar dos deuses que tu sorves,
Ou liberdade aos desejos mais lascivos de teu prazer...
Quando me sinto tua, sou tua doce vertente...
Ora sou frágil criança,
Que ri, que chora, que dança,
Mas que em teu corpo nu busca proteção e pujança...
Ora sou menina carente, que se aninha em teus braços,
Que com sofreguidão te suga os lábios
E brinca inocentemente de anelar entre os dedos,
Teus pelos molhados de nosso êxtase...
Sou teu tudo, quando sinto que fui toda tua,
Nessa hora, sim, ainda estou nua,
Mas satisfeita, embevecida em teus abraços,
Acariciada por teus pés, mãos e laços...
Quem nos vê, até pensa que sou teu anjo,
Mas, tu bem sabes, que em tua cama,
Fui também tua dama da corte,
Em nossos tantos arranjos,
Embriaguei teu corpo como tórrida amante,
Fui a Deusa maior de teus sonhos,
Aquela que te fez de escravo,
Usando a língua e os beijos como açoite,
Fustigou, todo teu corpo, por toda noite,
Sugou teu doce mel, colhido no favo...
Espalhada em tua cama, despudorada,
Sendo tua dama, bem mais que musa,
Sendo tua deusa, bem mais que amante,
Sendo simplesmente a fêmea que usas...
Mas, se preferires,
Posso ser apenas nuance de dois corpos entrelaçados,
Gemidos e sussurros indecifrados, proferidos,
Posso ser o néctar dos deuses que tu sorves,
Ou liberdade aos desejos mais lascivos de teu prazer...
Quando me sinto tua, sou tua doce vertente...
Ora sou frágil criança,
Que ri, que chora, que dança,
Mas que em teu corpo nu busca proteção e pujança...
Ora sou menina carente, que se aninha em teus braços,
Que com sofreguidão te suga os lábios
E brinca inocentemente de anelar entre os dedos,
Teus pelos molhados de nosso êxtase...
Sou teu tudo, quando sinto que fui toda tua,
Nessa hora, sim, ainda estou nua,
Mas satisfeita, embevecida em teus abraços,
Acariciada por teus pés, mãos e laços...
Quem nos vê, até pensa que sou teu anjo,
Mas, tu bem sabes, que em tua cama,
Fui também tua dama da corte,
Em nossos tantos arranjos,
Embriaguei teu corpo como tórrida amante,
Fui a Deusa maior de teus sonhos,
Aquela que te fez de escravo,
Usando a língua e os beijos como açoite,
Fustigou, todo teu corpo, por toda noite,
Sugou teu doce mel, colhido no favo...