Viagens
É só te encontrar e não resisto...
Tens o dom de me fazer sonhar,
Tens o poder de me tirar o juízo...
Feito onda em mar revolto,
Feito água corrente em cachoeira,
Deixo-me levar...
Sem pudores,
Passeio em teus pensamentos
Mais secretos, provocantes, lascivos...
Entro em tua viagem e deleito-me...
Por teu mundo de pecado
Deixo-me perder, e gosto...
Bom demais sentir-te,
Tão longe, tão perto...
Maestro, tu me conduzes,
Tu me excitas, me provocas,
Pressentindo que contigo viajo,
Sentes que estou entregue,
E consegues o que bem queres de mim,
E eu deixo...
Juntos, chegamos a um mundo
De prazer intenso, imenso...
Só nosso...
Prazer que só essa viagem
É capaz de nos proporcionar...
Viagem que só nós dois
Sabemos onde chegar...
Esta viagem que por tantas vezes empreendi,
Em busca de mim mesmo, quiçá de minh´alma,
Através dos mares revoltos de meus pensamentos,
A enfrentar tormentas, poucos momentos de calma,
Ao menos serviu para me ensinar o que aprendi.
Aprendi que me deixar ser conduzido sem pudores,
Lutar sem esmorecer no embate pelo que acredito,
De que sempre o que mais tem valor é o sentimento,
Mesmo que por ele tenha-me profundamente ferido
Em tantos espinhos para sorver o perfume de flores.
Por vezes questionei os reais objetivos dessa viagem,
Iludindo-me de que afinal tinha chegado ao destino,
O qual se mostrava fugidio e se postava mais adiante,
Ao concluir que o que buscava desde quando menino,
Com os olhos toldados, vazios, era somente miragem.
E persisti, mesmo trôpego, nesta minha caminhada,
Percorrendo em teu corpo cada um de teus recantos,
Beijando os lábios, ventre, seios, tornando-me amante
Dessa que se embevecia com meu canto e meu pranto,
Mostrando-me que encontrara afinal a mulher amada.
Em busca de mim mesmo, quiçá de minh´alma,
Através dos mares revoltos de meus pensamentos,
A enfrentar tormentas, poucos momentos de calma,
Ao menos serviu para me ensinar o que aprendi.
Aprendi que me deixar ser conduzido sem pudores,
Lutar sem esmorecer no embate pelo que acredito,
De que sempre o que mais tem valor é o sentimento,
Mesmo que por ele tenha-me profundamente ferido
Em tantos espinhos para sorver o perfume de flores.
Por vezes questionei os reais objetivos dessa viagem,
Iludindo-me de que afinal tinha chegado ao destino,
O qual se mostrava fugidio e se postava mais adiante,
Ao concluir que o que buscava desde quando menino,
Com os olhos toldados, vazios, era somente miragem.
E persisti, mesmo trôpego, nesta minha caminhada,
Percorrendo em teu corpo cada um de teus recantos,
Beijando os lábios, ventre, seios, tornando-me amante
Dessa que se embevecia com meu canto e meu pranto,
Mostrando-me que encontrara afinal a mulher amada.