Dueto: O que nos falta
(LHenrique Mignone)
O que nos falta para que cedamos ao encanto
De nos aninharmos em um abraço e, finalmente,
Permitir que unamos nossos corações e mentes,
Que beije teus olhos e cesse de vez teu pranto?
O que nos falta para confidenciarmos os segredos
Mútuos que preservamos em nossos recônditos,
Talvez até mesmo de nós mesmos escondidos,
Por levarmos em nossos imos, quem sabe, o medo?
O que nos falta para nos desnudarmos, sem sofismas
Ou hipocrisias, sentados à beira de uma praia baldia,
Descalços, talvez ao anoitecer de uma tarde vazia,
Sentindo extravasar de nós os incontidos carismas?
O que nos falta para saciarmos este latente desejo
Que me oprime o peito, de sentir o sabor do vinho
Em teus lábios que me recebem com imenso carinho
E inebriam, viajarmos rumo ao infinito, entre beijos?
De nos aninharmos em um abraço e, finalmente,
Permitir que unamos nossos corações e mentes,
Que beije teus olhos e cesse de vez teu pranto?
O que nos falta para confidenciarmos os segredos
Mútuos que preservamos em nossos recônditos,
Talvez até mesmo de nós mesmos escondidos,
Por levarmos em nossos imos, quem sabe, o medo?
O que nos falta para nos desnudarmos, sem sofismas
Ou hipocrisias, sentados à beira de uma praia baldia,
Descalços, talvez ao anoitecer de uma tarde vazia,
Sentindo extravasar de nós os incontidos carismas?
O que nos falta para saciarmos este latente desejo
Que me oprime o peito, de sentir o sabor do vinho
Em teus lábios que me recebem com imenso carinho
E inebriam, viajarmos rumo ao infinito, entre beijos?
(Aliesh Santos)
Sensibiliza-me e ao mesmo tempo excita-me,
A forma comovente e ardente como questionas
O que nos falta, para que, de uma vez,
Sucumbamos ao intenso desejo de nossos corpos,
Ao calor excessivo de nossas bocas...
Admito, sinto-me um tanto quanto vaidosa,
Ao te ouvir dizer indecentemente,
Mas de forma tão eloquente,
Que é a mim que tu queres,
Que é só em mim que pensas,
Que só meu corpo é que pode
Saciar teu prazer...
Emociona-me sentir-te tão intencionado
Em querer estar a meu lado,
Sem pressa, hora ou noção de espaço,
Apenas com o único propósito e ensejo
De amar e ser amado...
Quero-te...
E não importa se como tórrido amante,
Exclusivo devorador de minhas curvas,
Ou como amigo confidente,
Apreciador de meu olhar,
Ouvinte de minhas histórias, meramente...
Ah, o que nos falta?
Talvez, o que nos falte
Seja enterrar de vez nossas lembranças
Nas masmorras do passado,
Enchermos nossas vidas de esperanças
E, simplesmente, sem pensar em nada,
Nos amarmos... Como temos nos amado.