Dueto : Impregnados
É meu este corpo quente, suado, urgente,
Que chama, procura, anseia pelo teu...
Sei, é ele que tu queres...
É minha esta voz sexy, macia, envolvente...
É ela que, no íntimo, tu escutas,
Que arrepia tua pele, provoca teu desejo,
Quando imploro pelo corpo teu...
Sou eu, tua Dona, dona de teus pensamentos
Mais delicados, mais puros, mais espirituais...
Também sou eu, a culpada...
Culpada por toda noite, nua, totalmente nua,
Invadir teus sonhos
Mais loucos, mais lascivos, mais sensuais...
É neles que te enlouqueço,
Te entorpeço, te deixo tonto de prazer...
É neles que tomo teu corpo, domino teu eu...
Não adianta fugir de meu corpo,
Se é só nele que te satisfazes...
Não adianta tentar outro alguém,
Se é em mim e somente em mim,
Que tu pensas...
Não, tu não vais me esquecer...
Estou a quilômetros de ti,
Mas meu perfume está em tua pele...
Meu sorriso, meu jeito, em teu semblante...
Não podes me ver,
Mas minha essência foi tatuada,
Impregnada em ti...
Então desiste, não vais me esquecer...
Talvez, quem sabe, estivesses parcialmente certa,
Quando dizias que o que me deixava sem nexo
Era simplesmente o sexo e que em ti via o reflexo
De outros amores a quem deixei a porta aberta.
Talvez, quem sabe, por pela primeira vez na vida
Ter tanto gozado cada vez em que quase morria,
Em que, encontrado em teus braços, me perdia,
Ao ouvir-te sussurrar a meus ouvidos, desvalida.
Talvez, quem sabe, seja essa tua maior insegurança
Que me faz te ver assim, ao abrigada em meu peito,
Quando, levados pelo clamor, perdemos o respeito
Ao sentir desabrochar na mulher a eterna criança.
O sexo é a mais pura demonstração de amor amado,
Dependendo de como, quando e com quem é feito
E deliciamo-nos ao nos sentirmos em nosso leito,
Tu impregnada em mim e eu em ti impregnado...
Quando dizias que o que me deixava sem nexo
Era simplesmente o sexo e que em ti via o reflexo
De outros amores a quem deixei a porta aberta.
Talvez, quem sabe, por pela primeira vez na vida
Ter tanto gozado cada vez em que quase morria,
Em que, encontrado em teus braços, me perdia,
Ao ouvir-te sussurrar a meus ouvidos, desvalida.
Talvez, quem sabe, seja essa tua maior insegurança
Que me faz te ver assim, ao abrigada em meu peito,
Quando, levados pelo clamor, perdemos o respeito
Ao sentir desabrochar na mulher a eterna criança.
O sexo é a mais pura demonstração de amor amado,
Dependendo de como, quando e com quem é feito
E deliciamo-nos ao nos sentirmos em nosso leito,
Tu impregnada em mim e eu em ti impregnado...