Dueto : Protagonistas
(Aliesh Santos)
Gosto de poetar contigo...
Gosto de tua voz rouca, quente,
Declamando palavras profanas
Em meu ouvido...
Gosto de bagunçar tua cama,
Tua mesa, as palavras que escreves...
Gosto do jeito profundo como me olhas;
Da forma atrevida como me tocas;
Do jeito intenso como me descreves...
Gosto quando, em teus textos,
Vens conduzindo minha boca,
Puxando-me pelos cabelos, guiando meus lábios,
Minha língua por teu corpo inteiro, louca...
Gosto de te provar... Gosto de te provocar...
Ouvir teus gemidos, lamber teus suores,
Sorver todos teus líquidos, sentir-me amada,
Degustar tuas poesias safadas...
Sabes, meu poeta, gosto mesmo de poetar contigo...
Mas prefiro ser tua musa, tua fêmea de feitos épicos...
Dona de tuas histórias, de teus sussurros...
Protagonista de tuas fantasias comigo,
De tuas loucuras, de teus orgasmos poéticos...
Gosto de poetar contigo...
Gosto de tua voz rouca, quente,
Declamando palavras profanas
Em meu ouvido...
Gosto de bagunçar tua cama,
Tua mesa, as palavras que escreves...
Gosto do jeito profundo como me olhas;
Da forma atrevida como me tocas;
Do jeito intenso como me descreves...
Gosto quando, em teus textos,
Vens conduzindo minha boca,
Puxando-me pelos cabelos, guiando meus lábios,
Minha língua por teu corpo inteiro, louca...
Gosto de te provar... Gosto de te provocar...
Ouvir teus gemidos, lamber teus suores,
Sorver todos teus líquidos, sentir-me amada,
Degustar tuas poesias safadas...
Sabes, meu poeta, gosto mesmo de poetar contigo...
Mas prefiro ser tua musa, tua fêmea de feitos épicos...
Dona de tuas histórias, de teus sussurros...
Protagonista de tuas fantasias comigo,
De tuas loucuras, de teus orgasmos poéticos...
(LHenrique Mignone)
Não quero mais ser um mero coadjuvante
Em nossas tantas noites de sexo, de orgias,
Quando conduzes o enredo dessa película
Que se desenrola como se infinitas poesias
Em que me resumo a ser somente teu amante.
Permita que ao menos uma vez seja protagonista,
Com direitos, deveres e créditos iguais aos teus,
Não me contém a ser simplesmente uma partícula,
Refém de cada um dos tantos desvarios meus,
Em busca do final feliz que não perdemos de vista.
Ao poetares comigo, sussurrando palavras profanas
A meus ouvidos, bagunçando as palavras que penso,
Ao ver tua imagem nua refletida em minha retícula,
Abandono o “script” elaborado com trabalho imenso
E me lanço, infenso, desprotegido em tua cama...
Nesta troca intensa de gostos, suores e sabores,
Quando te tomo pelos cabelos e guio teus lábios
E língua, buscando o orgasmo pleno em tua edícula,
Comprovo que sempre é infinitamente mais sábio
Ser coadjuvante do que protagonista em amores...
Não quero mais ser um mero coadjuvante
Em nossas tantas noites de sexo, de orgias,
Quando conduzes o enredo dessa película
Que se desenrola como se infinitas poesias
Em que me resumo a ser somente teu amante.
Permita que ao menos uma vez seja protagonista,
Com direitos, deveres e créditos iguais aos teus,
Não me contém a ser simplesmente uma partícula,
Refém de cada um dos tantos desvarios meus,
Em busca do final feliz que não perdemos de vista.
Ao poetares comigo, sussurrando palavras profanas
A meus ouvidos, bagunçando as palavras que penso,
Ao ver tua imagem nua refletida em minha retícula,
Abandono o “script” elaborado com trabalho imenso
E me lanço, infenso, desprotegido em tua cama...
Nesta troca intensa de gostos, suores e sabores,
Quando te tomo pelos cabelos e guio teus lábios
E língua, buscando o orgasmo pleno em tua edícula,
Comprovo que sempre é infinitamente mais sábio
Ser coadjuvante do que protagonista em amores...