Dueto : A dor de te amar
Amar-te, sem ter-te, é quase um ritual secreto...
É um sofrimento solitário,
Uma derrota anunciada,
Um tiro no escuro, uma obsessão sem sucesso...
É ter o dia inteiro
Pra fugir das lembranças;
É passar uma noite em claro,
Com uma pontinha amarga
De esperança...
É tentar encontrar-te sem procurar-te...
É arriscar dar de cara com teu sorriso,
Sem estremecer e sem chorar...
É o tempo inteiro,
Evitar que o coração dispare,
Que a boca seque, que a lágrima desça,
Que a saudade esmoreça, por conta de que
Uma simples e única palavra possa parecer...
Amar-te, sem ter-te,
É como viver em corda bamba;
É ter um pranto eterno, sufocado,
Guardado na garganta...
É esconder no peito a sete chaves
Uma bomba relógio pronta pra explodir...
É tentar conviver pacificamente
Com a dor da saudade, da vontade,
Da incerteza, do ciúme...
É presenciar todos os dias
O amor escorrendo pelos olhos,
Pelo rosto, pelo ralo
E nada poder fazer...
Não sei realmente o sentido dessa dicotomia,
O que com ela pretende nos mostrar a vida,
Apresentando-nos o amor e a dor entrelaçados,
Como se componentes de uma fórmula carcomida
Que resulta, ao final, em apaixonada poesia.
Já tentei entender-lhe a razão que me mostra,
A cada momento, deste sofrimento solitário,
Derrota anunciada em nossos peitos guardados,
Nesta infinda busca que, por motivos vários,
Nos leva ao ponto de partida e que nos prostra.
Amarmo-nos e termos que ser contidos distantes,
É talvez o maior dos paradoxos que se nos apresenta,
Pois o maior sonho dos que amam e são amados,
É poder desfrutar a cada momento de sua presença,
Sentindo-se a cada instante como amados e amantes.
Não se pode esperar que haja rima entre amor e dor,
Mesmo que talvez nem mesmo exprima desta forma,
O amor tem que ser sempre livre e portanto enlevado,
A dor, contida e transformada em sorrisos por norma,
Para que não se transforme em saudade esse clamor.
O que com ela pretende nos mostrar a vida,
Apresentando-nos o amor e a dor entrelaçados,
Como se componentes de uma fórmula carcomida
Que resulta, ao final, em apaixonada poesia.
Já tentei entender-lhe a razão que me mostra,
A cada momento, deste sofrimento solitário,
Derrota anunciada em nossos peitos guardados,
Nesta infinda busca que, por motivos vários,
Nos leva ao ponto de partida e que nos prostra.
Amarmo-nos e termos que ser contidos distantes,
É talvez o maior dos paradoxos que se nos apresenta,
Pois o maior sonho dos que amam e são amados,
É poder desfrutar a cada momento de sua presença,
Sentindo-se a cada instante como amados e amantes.
Não se pode esperar que haja rima entre amor e dor,
Mesmo que talvez nem mesmo exprima desta forma,
O amor tem que ser sempre livre e portanto enlevado,
A dor, contida e transformada em sorrisos por norma,
Para que não se transforme em saudade esse clamor.