Dueto : Quando chegar o momento
(Aliesh Santos)
Quando chegar o momento de te amar
Quero estar em paz, quero estar sem pressa...
Por alguns instantes, quero ficar olhando-te,
Venerando-te, admirando-te apenas...
Quero me flagrar analisando teus detalhes,
Desejando teus lábios, balbuciando minha reza...
Sem avisar-te, quero me jogar em teus braços,
Afundar minha cabeça em teu peito,
Deixar que sintas o frescor de minha pele,
Alise, cheire meus cabelos...
Quero que sintas bem de perto meu arquejo...
Quando chegar o momento de te amar
Quero olhar-te bem profundamente
E sem uma única palavra, tentar decifrar
Cada frase, cada entrelinha de tantos diálogos
Que, um dia, a distância, o tempo,
nos calou e não nos permitiu falar...
Quero desvendar cada mistério de teu rosto,
Cada segredo de teu corpo, cada desejo teu...
Quero te realizar...
Quando chegar o momento de te amar
Quero que feches teus olhos pra me sentir,
Pra me tocar... Quero que sintas profundamente
O prazer de minhas mãos acariciando teu corpo,
Tocando teu rosto, teu cabelo...
Minha boca beijando teus lábios,
Minha língua abrindo caminhos,
Em tua boca, com vontade, desejo,
Invadindo, sugando a língua tua,
Descendo por cada parte de teu corpo,
Descobrindo teu gosto, teu cheiro,
A temperatura de tua pele nua
Parando apenas no ponto certo de teu prazer...
Quando chegar o momento de te amar...
Quero que me deixes tocar, lamber, beijar
Onde e por quanto tempo eu quiser...
Quero matar toda minha saudade,
Saciar todas minhas vontades,
Quero sentir o melhor de ti...
Quero te impregnar em minha pele,
Quero me impregnar em ti...
Quero te sentir inteiro dentro de mim,
Quero te dar todo meu prazer... Assim!
(LHenrique Mignone)
Enquanto, por todo teu corpo, célere caminho,
Extasiado com cada detalhe de tua geografia,
Que procuro descrever a sussurrar em poesias,
Em teus ouvidos, onde murmuro com carinho.
Já me deleitei com o doce leite de teus seios,
Que por tanto tempo suguei, ávido, infante,
Abastecendo-me para seguir abaixo, adiante,
E ora me encontro pronto, teso, sem receios.
Caminharei assim por teu ventre, passo a passo,
Detendo-me porém em teu umbigo, onde com beijos,
Enfim acalentarei minha sede, mas não o desejo
Que sinto de ti, sem nem mesmo saber o que faço.
Quando chegar então ao oásis de teu sacro regaço,
Ali me deterei, a sugar o néctar por tempo infinito,
Maná que por tanto tempo ansiei, constrito, aflito,
Julgando até mesmo que o ansiava por ser devasso.
Encimarei cada de tuas nádegas, montanhas gêmeas,
Resplandecentes ao sol que ora se põe, lusco da tarde,
E as beijarei, uma a uma, aos pares, contido alarde,
Feliz ao ver-te, enfim, sentindo-te minha e fêmea.
Beijarei cada uma de tuas coxas, joelhos, pernas e pés,
Mostrando-te que te amo, acima de todos e de tudo,
Não sendo um devasso, mas homem que ama, contudo,
E que, sobretudo, te ama, além de tudo, com muita fé.
Enquanto, por todo teu corpo, célere caminho,
Extasiado com cada detalhe de tua geografia,
Que procuro descrever a sussurrar em poesias,
Em teus ouvidos, onde murmuro com carinho.
Já me deleitei com o doce leite de teus seios,
Que por tanto tempo suguei, ávido, infante,
Abastecendo-me para seguir abaixo, adiante,
E ora me encontro pronto, teso, sem receios.
Caminharei assim por teu ventre, passo a passo,
Detendo-me porém em teu umbigo, onde com beijos,
Enfim acalentarei minha sede, mas não o desejo
Que sinto de ti, sem nem mesmo saber o que faço.
Quando chegar então ao oásis de teu sacro regaço,
Ali me deterei, a sugar o néctar por tempo infinito,
Maná que por tanto tempo ansiei, constrito, aflito,
Julgando até mesmo que o ansiava por ser devasso.
Encimarei cada de tuas nádegas, montanhas gêmeas,
Resplandecentes ao sol que ora se põe, lusco da tarde,
E as beijarei, uma a uma, aos pares, contido alarde,
Feliz ao ver-te, enfim, sentindo-te minha e fêmea.
Beijarei cada uma de tuas coxas, joelhos, pernas e pés,
Mostrando-te que te amo, acima de todos e de tudo,
Não sendo um devasso, mas homem que ama, contudo,
E que, sobretudo, te ama, além de tudo, com muita fé.