Dueto : Fantasias
(Aliesh Santos)
Quando me quiseres, ainda que aparentemente
Eu esteja distante, não hesite: Tenha-me!
Toma-me em teus sonhos mais abstratos;
Tenha-me em teu mundo mais real, mais ousado...
Enquanto não posso te tocar, alimento-me das malícias
Que escorrem de teu olhar;
Enquanto de ti finjo estar longe,
Delicio-me com tuas palavras,
Como a abelha se lambuza com o mel...
Quando me introduzes em tuas poesias,
Tuas palavras tomam forma,
Gosto, cheiro e sabor de mim...
Quando em teus textos intitulas-me tua Musa,
Tuas rimas ficam atrevidas, confusas...
Ora utilizas de formalidades, requintes, delicadezas,
Ora abusas de tuas indecências, descrevendo-nos
Despidos em deliciosas obscenidades...
Sem pedir licença, tuas prosas invadem meu corpo,
Sugam meus lábios, lambem meu pescoço,
Retiram meu néctar, todo meu extrato...
Abusadas, tuas trovas me cercam
E por tuas quatro linhas, sou rendida, sitiada...
Deixas-me nua, encurralada, e eu comemoro, adoro...
Não há como fugir de ti.Percebes como não estou longe?
Enquanto em tuas palavras, jamais estarei distante...
Então, leva-me contigo, vista-me com tuas fantasias...
Carrega-me por teu mundo, leia-me,
Desnudando meu corpo em escritos...
Depois, abraça-me em poemas,
Beija-me em poesias, devora-me,
dando-me o melhor de ti...
(LHenrique Mignone)
Recebe-me assim como sou,
menino vadio, sem eira nem beira,
cabeça nas nuvens, cheia de sonhos,
puro sentimento, vagabundo de praia...
Acolhe-me em teus braços,
deita-me em teu colo, faz-me silente
seca as lágrimas de meus olhos tristonhos,
protege-me em teu regaço latente,
cuida-me, não deixa que me retraia!
Dá-me tua mão amiga
e ingressa-me em teu mundo,
brinca comigo todas tuas fantasias,
mostra-me teus segredos, teus tesouros,
leva-me a explorar tuas geografias.
Acolhe-te em meu abraço, com um sorriso,
aninha-te em meu peito, sem juízo, semi-nua,
cola teu corpo ao meu que, em segundos,
te mostrarei estrelas, te darei a lua,
e voaremos juntos rumo ao paraíso.
Doira teu corpo ao sol por inteiro,
Em meio à mata, no banho de cachoeira,
Perfuma-te com o néctar das flores
da grinalda com que te farei rainha,
ajoelha-me a teus pés, mulher amada,
dá-me a sorver a poção mágica de teu néctar
unge-me a sacra espada
e sagra-me teu eterno cavaleiro.
Recebe-me assim como sou,
menino vadio, sem eira nem beira,
cabeça nas nuvens, cheia de sonhos,
puro sentimento, vagabundo de praia...
Acolhe-me em teus braços,
deita-me em teu colo, faz-me silente
seca as lágrimas de meus olhos tristonhos,
protege-me em teu regaço latente,
cuida-me, não deixa que me retraia!
Dá-me tua mão amiga
e ingressa-me em teu mundo,
brinca comigo todas tuas fantasias,
mostra-me teus segredos, teus tesouros,
leva-me a explorar tuas geografias.
Acolhe-te em meu abraço, com um sorriso,
aninha-te em meu peito, sem juízo, semi-nua,
cola teu corpo ao meu que, em segundos,
te mostrarei estrelas, te darei a lua,
e voaremos juntos rumo ao paraíso.
Doira teu corpo ao sol por inteiro,
Em meio à mata, no banho de cachoeira,
Perfuma-te com o néctar das flores
da grinalda com que te farei rainha,
ajoelha-me a teus pés, mulher amada,
dá-me a sorver a poção mágica de teu néctar
unge-me a sacra espada
e sagra-me teu eterno cavaleiro.