Dueto : De Amores

Dueto : De Amores

(LHenrique Mignone)
Ama-me, apenas ama-me assim, doce e suavemente,
Como eu também te amo e te amarei para sempre,
Pelo tudo que és, que sempre foste e sempre serás,
Menina sapeca, moça irrequieta e mulher sagaz,
Fêmea perfeita, eterno cio a me acolher no ventre,
A me esconder por entre tuas fendas, eternamente.

Ama-me, apenas ama-me assim, com infinito zelo
Como tens-me amado, por todo este tempo finito,
Em que nos mantivemos distantes, reencontrados,
Tempo em que fomos amantes, amados, namorados,
Tempo em que contivemos na garganta este grito
De ausências sentidas, mas preservadas com desvelo.

Ama-me, como também te amo não pelas tuas ações,
Ama-me pelo que sempre fui, que serei, pelo que sou,
Mas não me ames assim por simplesmente me admirar
Pois, mesmo improvável, um dia podes decepcionar.
Ama-me, pois nem mesmo o tempo distante que passou
Conseguiu minorar este amor que ama sem explicações.

(Aliesh Santos)
Amo-te
Quase desprezando tua presença...
Amo-te
Quase bendizendo tua ausência...
Amo-te
Sem querer te amar...

Amo-te
Sem dia,
Sem pressa,
Sem ver-te,
Sem beijar-te,
Sem nada de ti esperar...

Amo-te
Sem compromisso,
Sem cobranças,
Sem notícias,
Sem esperança,
Amo-te somente por te amar...

Amo-te
Só por hoje,
Ou só por amanhã...
Amo-te pra sempre
Ou até quando
Um novo amor chegar...