Dueto : Fusoes
(Aliesh Santos)
Basta olhares
Em meu rosto,
Para notares
Que já fazes parte
De meu semblante...
Basta apurares um pouco
Teus sentidos,
Para perceberes,
Que de meu paladar,
Teu gosto
Já é parte integrante;
Que já vives impregnado
Nas profundezas de minha pele...
Já não sei
Qual é teu cheiro,
Teu perfume,
Qual é o meu...
Vives em meus sonhos,
Moro em teus pensamentos,
E em nossos momentos,
Amamo-nos tão inteiramente,
Que já não diferencio
As entradas de meu corpo,
Das finalizações do teu...
Quando preciso estar comigo,
Te encontro...
Quando quero me ver,
Te olho...
Quando preciso me sentir,
Te toco...
Em meu corpo
Te encontro,
E por todo tempo
Te tenho,
Sou tua,
És meu...
E tão intensamente,
Que já tenho dúvidas
De quem és tu
E de quem sou eu...
(Lhenrique Mignone)
Já não sei onde começam os detalhes de teus encantos
Quando absorvidos pelos meus, ou mesmo onde terminas,
Justo eu que com eles me embeveço e tanto e os canto,
Nesta profusão de fêmeas que és, de mulheres e meninas
Que se alternam nestes breves momentos, no entanto.
Já não sei quais são os verdadeiros sabor, cheiro e olor
Que tu exalas, já nem mesmo identifico os feromônios
Que esparges em minha direção e procuras, no ardor,
Ao transformados, como agora, de anjos em demônios
E lançados prestos, sedentos, aos bailados do amor.
Os relevos de teus seios comprimidos em meu peito,
A concavidade de teu umbigo a sugar avidamente o meu,
O brilho de olhos refletidos no meu, embalados no leito,
Quando não sabemos – que importa - quem és tu, quem sou eu,
Ao nos tornarmos de novo crianças, não mais adultos feitos.
E quando nos mesclamos, nesta mais perfeita confusão
De nossas coxas e corpos embaralhados, de nossos sexos
Que se procuram para se completarem, repletos de tesão,
Buscando-nos na perfeita simbiose do côncavo e convexo,
Amalgamados pelo ardor irradiado, saciados nesta fusão...
Já não sei onde começam os detalhes de teus encantos
Quando absorvidos pelos meus, ou mesmo onde terminas,
Justo eu que com eles me embeveço e tanto e os canto,
Nesta profusão de fêmeas que és, de mulheres e meninas
Que se alternam nestes breves momentos, no entanto.
Já não sei quais são os verdadeiros sabor, cheiro e olor
Que tu exalas, já nem mesmo identifico os feromônios
Que esparges em minha direção e procuras, no ardor,
Ao transformados, como agora, de anjos em demônios
E lançados prestos, sedentos, aos bailados do amor.
Os relevos de teus seios comprimidos em meu peito,
A concavidade de teu umbigo a sugar avidamente o meu,
O brilho de olhos refletidos no meu, embalados no leito,
Quando não sabemos – que importa - quem és tu, quem sou eu,
Ao nos tornarmos de novo crianças, não mais adultos feitos.
E quando nos mesclamos, nesta mais perfeita confusão
De nossas coxas e corpos embaralhados, de nossos sexos
Que se procuram para se completarem, repletos de tesão,
Buscando-nos na perfeita simbiose do côncavo e convexo,
Amalgamados pelo ardor irradiado, saciados nesta fusão...