OCASO

Se acaso me perguntes

Como ando, o que faço

Nem sei na verdade o que digo

Nem sei do caminho que traço...

Ando tão sem mim, meio no embaraço

Perdida pelas horas do ocaso

Meu olhar não insiste na procura

Não existe mais nenhum laço...

Há um frio cortante nessas ruas mornas

Há um não sei o que, nada mais se explica

Tudo está tomando um grande vazio

Ao amor ninguém mais se habilita...

Digo-te bom amigo e não duvides

São tão raros os que ainda de verdade sentem

Tudo está cada vez mais distante, mais ausente

Muitos se enganam, fingem, mentem...

ISABEL TÂNIS CARDOSO

Fugiremos para um mundo

onde amores infinitos

durarão para sempre.

Onde as mentiras não

machucam sentimentos.

E podemos usar elementos

como o ar, mar, terra, tudo

até mesmo o tempo, para

falar de um amor imenso.

Nunca seremos julgados nesse lugar.

Atos não serão medidos por palavras.

Mas quem sabe amar me entenderá.

Quem feriu e foi ferido mortalmente.

Fantasiou ou viveu um amor assim,

poesias escreveu intensamente.

Sim plantamos flores no deserto.

Criamos safiras de pedaços de vidro.

Das nossas ilusões fizemos paraísos.

Se tudo anda falso e sem amor

temos a poesia para fugir disso.

RENATO RODRIGUES

Isabel Tanis e Renato Rodrigues
Enviado por Isabel Tanis em 15/02/2016
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