AMANHECER
Não esperes o amanhã
Que é incerto e imprevisível
Navegando nas ondas do vento
Suave brisa ou agreste vendaval
Eterno cativeiro do frágil mortal…
Toma antes a rédea infalível
Do supremo poder que tens sobre ti…
Talvez surja calado,
Este amanhã que tenho esperado,
Que tanto silencia o meu coração,
A incerteza da tal exclamação...
Intolerante quando se fecha em copa,
Rasgando aquilo que nos cobre, a roupa
Tomar as rédeas do tempo seria moldá-lo a minha maneira...
Mas a brisa faceira, fustiga de tal maneira...
Que o hoje nem acredita no tal amanhã...
Desfruta das flores e da terra
Da beleza e do infinito manancial
Da preciosa gema do teu ser…
Abre o olhar à luz que te aprecia
Num canto, ou numa esquina
Ou no sol daquele amanhecer
Nunca igual ao de ontem
Que faz as estrelas estremecer
Almanaque daquele vento terno...
Surgiu um novo amanhecer sereno,
Diferente do dia de ontem...
Mais aprazível, harmónico,
Mais simples e poético...
7/02/2016
(MGS & MM)