*FALÉSIAS DE MARJOLÂNDIA
Sonia Nogueira

O olhar se perdia nas escarpas mudas
No silêncio da tarde ao anoitecer
De tanto amor entre sol e águas surdas
Que o ósculo agitava em oferecer,

A suave luz e o borbulhar das ondas,
O abraço que a natureza se impôs
Separando-os da força luz, hedionda,
E a solidez das ondas que se propôs,

Em oferecer ao meu olhar reinante
Nesta hora bela que a saudade incita
Todo sonhar que no silêncio grita:

Aracati é Majorlândia amante
Pelos turistas, de encanto, extasiados,
Prostram-se com a natureza, aliados.



FALÉSIAS DE MAJORLÂNDIA
Mairton Menezes

Sobre aquelas falésias arenosas
Onduladas, de encostas altaneiras
Erguidas nos granitos cor-de-rosa
Eu brincava nas bordas das barreiras

De lá ouvia o lamento das vagas
Vomitando espumas no chão molhado
Era a ventania em rajadas largas
Prevendo a chegada d’algum tornado...

E quando o sol bem alto se erguia
Eu descia dos morros coloridos
Feliz pelos folguedos lá vividos

E quase sempre à tarde eu repetia
Só para sentir a mesma emoção
Que embalava meu jovem coração...



 
Sonia Nogueira e Mairton Menezes
Enviado por Sonia Nogueira em 06/02/2016
Código do texto: T5535315
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