NO CANTO DO OLHAR...

Onde moram as águas do teu ser,

Onde brotam as lágrimas sem dor..

No relicário dos meus olhos...

Em superfícies da minha alma,

Em cavidades que amenizam os espinhos.

São teus orvalhos despidos neutros de cor,

Por tudo clamam as dores amargas do amor.

São alvas que brotam das tépalas,

Na ilusão do acordar quando te calas,

Quando tu, oh silêncio não falas...

E o teu odor se alcança de olhos fechados

Se abraça tem o perfume de ti que és uma só flor

Mergulhada no vento tempestivo da madrugada

Baloiçando na sua haste altaneira para ser vigiada

Quão saudoso olhar entrelinhas

Na névoa que despe-se no horizonte

Escrevendo momentos entre os ventos

Simples e ternas frases minhas,

Na definição única do instante...

E eu desisto de lutar contra o vento que sopra do mar,

Não tenho como evitar as linhas curtas são o momento a perdurar,

Um assomo de ilusões...

6/1/2015

ana ´Carvalhosa & Merlin Magiko

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko e ana ´Carvalhosa
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 09/01/2016
Reeditado em 09/01/2016
Código do texto: T5505657
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