METAMORFOSES DO SENTIR

(dual poëtas)

Com constância, paira nos homens um mistério, 

É a sagacidade algoz entre psiquê e cupido

Que faz com que o uno se torne dividido

Metamorfoseando sentires de um p'ra outro hemisfério...

Com constância, advém aos homens e a mim aquele fingir...

Ocultando o mistério da metamorfose do sentir...

Que deuses podem repelir de nós os maus sentidos?

Que paixão controlará o homem sem antes mil flechas dos cupidos?

E quando sinto no âmago que dissinto a minha dor, 

Aí se revela o meu fado sentimento vermelho

Como brotando doutra mais pura dor ainda por me doer...

Sem sentir tampouco outros sentimentos por escolher...

Talvez desvanecem-se do meu íntimo, do metaformismo, 

Deixando apenas para mim, ou para ti, cândido egoísmo.

Daúde Amade e Mauro da Silva
Enviado por Poeta Diurno em 16/12/2015
Reeditado em 17/12/2015
Código do texto: T5482377
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