METAMORFOSES DO SENTIR
(dual poëtas)
Com constância, paira nos homens um mistério,
É a sagacidade algoz entre psiquê e cupido
Que faz com que o uno se torne dividido
Metamorfoseando sentires de um p'ra outro hemisfério...
Com constância, advém aos homens e a mim aquele fingir...
Ocultando o mistério da metamorfose do sentir...
Que deuses podem repelir de nós os maus sentidos?
Que paixão controlará o homem sem antes mil flechas dos cupidos?
E quando sinto no âmago que dissinto a minha dor,
Aí se revela o meu fado sentimento vermelho
Como brotando doutra mais pura dor ainda por me doer...
Sem sentir tampouco outros sentimentos por escolher...
Talvez desvanecem-se do meu íntimo, do metaformismo,
Deixando apenas para mim, ou para ti, cândido egoísmo.