MARCAS DO TEMPO!
Ciducha


Estão aí....tão nítidas,
que aprendi a respeitar!
Guardo as marcas do ter,
do não ser....
Sou credora do tempo
que sempre me falta,
um pouco mais.......
Estou inadimplente
com a felicidade
que tenho...
Ainda assim,quero em mim
o que sou e sei.
É fácil apagar as pegadas;
o difícil,
é caminhar sem pisar o chão!
Quero o calmo,
o doce,
o sempre.
Mas resta-me o nunca ,
permanente.....
O único inconveniente,
é que morrer
se faz aos poucos,
lentamente.....
São as marcas do tempo!!

12/14/2006

&

MARCAS DO TEMPO!
Tarcísio R. Costa

Tudo se passou tão fugaz...
Não percebi, sequer,
os meus lerdos passos,

deixei pelo caminho
o frescor da minha juventude,
que se integrou,
penso, ao viço das flores...

Rompi barreiras,
consegui atingir metas e objetivos, desfrutei das láureas
do sucesso, o que
fez de mim um credor...

Mas, quantas vezes,
tomei caminhos errados,
nisso, me tranformei
em um devedor...

Minha teimosia
fez-me seguir por desvios...

Essa alternância
do certo e do errado,
que é o bem e o mal,
deixou em mim as marcas
do tempo...

Mas, foi o espelho que me expôs
à cruel realidade...

Vi a opacidade do meu olhar
e a tristeza do meu sorriso...

Minha alma teima
em ser jovem...
Vejo no pensamento,
o que sinto nos meus sonhos...

Desconheço o final
dessa caminhada...

Tudo há de diluir-se no nada,
quando se disfarão
as marcas do tempo

Tarcísio Ribeiro Costa








Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 24/06/2007
Reeditado em 20/10/2008
Código do texto: T538805