Quando a dor emerge das profundezas da alma, as palavras se curvam em silêncio para dar passagem à lágrima.
Edna Frigato
LÁGRIMAS DE UMA ROSA
No mundo das rosas, imensidão em flor
Canta, cigarra, abelha o néctar a coletar,
Os louva-a-deus, prostrados em louvor
Sincronizadas borboletas a borboletear.
No jardim da vida, lágrimas afloram
Lírio e girassol temem seu triste fim,
Ansiosos cravos apreensivos choram
Rosa menina, rainha do nosso jardim.
Pirilampos pirilampeiam a chamejar
Sentindo o prenuncio da vindoura dor,
Nos jardins, ninfas aladas a sobrevoar
Desencantada florida, chora rosa flor.
Invés de jardins; plantação de “maconha”
Abatido o Bom senso, acabou-se o amor,
Aquele que ainda acreditava em cegonha
Sente hoje, o prenuncio da imensa dor.
Chora a rosa, chora o cravo e a margarida
Comungo e choro, a lágrima de uma rosa,
Somente Deus pra dar jeito à vida sofrida
E pôr fim a esta nossa vivência artificiosa.
No até então, admirável jardim encantado
Jorra hoje, a nociva e larga promiscuidade,
Neste santo planeta por nosso Deus criado
Pra predominar o amor, paz e fraternidade.
Salve Deus; nossa sagrada humanidade
Que continue a haver flores no jardim,
Haja paz e amor pra toda a eternidade
E nossa terra seja um paraíso sem fim.
José Coelho
LÁGRIMAS DE UMA ROSA
Com minhas lágrimas banhei o meu jardim.
Só quero flores e um profundo amor,
Não há tristeza nem profunda dor.
Apenas rosas brancas e brancos jasmins.
Sequei as lágrimas, sorri de alegria.
Vendo que florescera imensidão de cor.
Pintando e repintando tudo ao redor.
Uma festa tão linda com tanta magia.
As lágrimas que tenho são de emoção.
Pois vejo tantas obras do Maior Pintor.
Que faz tudo que temos como a linda flor.
Plantada e regada no meu coração.
No meu jardim não entra nenhum desencanto.
Somente planto flores com seu doce olor.
Que o sol intensifica com tanto calor.
Distribuindo rosa, cravo e agapanto.
Bendita e bem-vinda seja a primavera.
Que a terra toda enfeite, manda o Senhor.
E a alma então recebe o grande valor.
E muito agradece após a longa espera.
Os olhos lacrimejam como ondas no mar.
Ajudam cada chuva no seu irrigar.
Apagam qualquer coisa que cause horror.
Assim fazemos sempre ao ajoelhar.
Deitando pela terra prece em murmurar.
Em agradecimento cantamos louvor.
Regina Madeira
"imagem do Google"