Marias de todos os rios
Marias dos igarapés
da luta pelo alimento,
das dores das noites
tecidas em silêncio.
Descem rios pulsantes de vida,
em busca da luz que fortalece
suas frágeis esperanças
plantadas na aflição da morte.
São índias, caboclas, guerreiras,
beldades das matas, da raça primeira.
São filhas da terra, morenas cor do cobre
almas nobres altaneiras,
entre rios, matas e seringais.
Muitas sepultadas
nos rumos traçados por seus ideais.
São Marias dos rios de nós,
da nascente à foz, são Marias iguais!
Minas/Rio G. do Norte
11/10/09