Marias de todos os rios

Marias dos igarapés

da luta pelo alimento,

das dores das noites

tecidas em silêncio.

Descem rios pulsantes de vida,

em busca da luz que fortalece

suas frágeis esperanças

plantadas na aflição da morte.

São índias, caboclas, guerreiras,

beldades das matas, da raça primeira.

São filhas da terra, morenas cor do cobre

almas nobres altaneiras,

entre rios, matas e seringais.

Muitas sepultadas

nos rumos traçados por seus ideais.

São Marias dos rios de nós,

da nascente à foz, são Marias iguais!

Minas/Rio G. do Norte

11/10/09

Marçal Filho e Conceição Bentes
Enviado por Marçal Filho em 27/08/2015
Código do texto: T5360948
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