Velando pela Menina Janete

Ela só queria ser ramagem,

No meio de flores preteridas.

Mas os rumos de suas palavras

Nunca foram incertos.

Do lado fronteiro da insônia,

Respeitava apenas o tic tac

Das horas dentro de um tal

Uniforme sem tamanho.

Para ter o que colher do resto do dia,

Que lhe alimentasse o espírito.

Que desse forma à sua alma

Que fosse calma ao seu alento.

Entre tantos desejos e várias andanças,

Guardava o sentido do coexistir.

Ensaiava sorrisos tingindo anátemas

Agora, no infinito gargalha a nos aplaudir.

Marçal Filho/Gui Bassalo

Minas/Pará

12/01/2011

Marçal Filho e Gui Bassalo
Enviado por Marçal Filho em 09/08/2015
Código do texto: T5340602
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