Velando pela Menina Janete
Ela só queria ser ramagem,
No meio de flores preteridas.
Mas os rumos de suas palavras
Nunca foram incertos.
Do lado fronteiro da insônia,
Respeitava apenas o tic tac
Das horas dentro de um tal
Uniforme sem tamanho.
Para ter o que colher do resto do dia,
Que lhe alimentasse o espírito.
Que desse forma à sua alma
Que fosse calma ao seu alento.
Entre tantos desejos e várias andanças,
Guardava o sentido do coexistir.
Ensaiava sorrisos tingindo anátemas
Agora, no infinito gargalha a nos aplaudir.
Marçal Filho/Gui Bassalo
Minas/Pará
12/01/2011