Coração deserto

Descortino os anos

no vento, sem danos,

sem véus,

na minha alma deserta.

Abrem-se as cortinas do tempo

entre frisos vermelhos da tarde,

o deus da luz celebra

o amor nas constelações.

No âmbar dum mistério frívolo,

reinvento anseios outros.

Vislumbro nova estrela lilás

onde o desenho se converge.

Então, no éter observo os matizes

que dão forma e brilho ao encanto,

e este, passa pela fresta do espelho

para refletir no coração pulsando só.

Itabira MG/Natal RN

27/02/2011

Marçal Filho e Conceição Bentes
Enviado por Marçal Filho em 03/08/2015
Reeditado em 06/04/2024
Código do texto: T5333374
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