Coração deserto
Descortino os anos
no vento, sem danos,
sem véus,
na minha alma deserta.
Abrem-se as cortinas do tempo
entre frisos vermelhos da tarde,
o deus da luz celebra
o amor nas constelações.
No âmbar dum mistério frívolo,
reinvento anseios outros.
Vislumbro nova estrela lilás
onde o desenho se converge.
Então, no éter observo os matizes
que dão forma e brilho ao encanto,
e este, passa pela fresta do espelho
para refletir no coração pulsando só.
Itabira MG/Natal RN
27/02/2011