Fuzuê de Formiguê
Ouço barulhos estranhos
Vindo da minha cozinha
Vou ver o que é e o que encontro
É uma invasão de formigas.
Tinha formiga no teto
Na pia e também no fogão
Umas coavam café
Outras varriam meu chão.
Como donas do pedaço
Ao me verem nem se assustam
Rapidinhas se agrupam
Vindo em minha direção.
Outro dia uma delas
Quis me por pra correr
Como também não sou fácil
Encarei o fuzuê.
Mas o que eu não sabia
Era da organização
Tinha formigas fardadas
Armadas com trintoitão.
Eu pensei não tem mais jeito
As minhas pernas tremeram
Elas estavam famintas
E longe do formigueiro.
Nas minhas pernas subiam
De repente percebi
Eu pulava feito pipoca
Mancando “que nem” saci.
Quem iria me socorrer
Eu já não sabia mais
O que poderia fazer
Com formigas infernais.
Quando dei por mim já estava
Do lado de fora na rua
Um moleque por mim passou
Vá pra casa, vai perua...
Pensei esse moleque está certo
Afinal a casa é minha
Formiga se quiser fazer festa
Vá pra casa da vizinha.
Se elas são guerreiras
Guerreira eu também sou
Mandei água nas cretinas
E o formigueiro espalhou.
16/01/2009