Das estrelas e de nós
Rasgaram-se as cortinas do tempo
e os anos cavalgaram devagar
ranhuras num mar sem lamentos
desenhavam a palavra amar
E eu entre o cântico e a dúvida
tangendo a quietude das eras
que passam bem compassadas
pois sabem que o amor nos virá
E virá em ciclos perfeitos
dentre rios de som e de sal
navegando momentos singelos
entre rasgos, ampulhetas, cristais
Eis que em horas tudo seremos
amantes que o tempo moldou
o desejo conduzirá esse enlace
entre auroras e estrelas e sóis.
Minas/Pernambuco
16/05/2010