De estrelas e esperas

O mar ouve quieto

o som do vento frio

incansável, sorvedouro

intenso, disseminante.

Saudades incontidas,

vestidas de amanhecer

adormecem em silêncio

despertando em ti o entardecer.

A lucidez da entrega

rebate na languidez do ocaso,

e a estrela sem pouso certo

oscila na amplidão do espaço.

Etérea se faz a causa

ofuscando um desejo louco,

pois entre o encontro e o beijo,

o amor conduzirá o complemento.

É hora de voltar ao mar

é hora de ouvir o vento.

Itabira MG/Natal RN

07/11/2010

Marçal Filho e Conceição Bentes
Enviado por Marçal Filho em 21/07/2015
Código do texto: T5318575
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