De estrelas e esperas
O mar ouve quieto
o som do vento frio
incansável, sorvedouro
intenso, disseminante.
Saudades incontidas,
vestidas de amanhecer
adormecem em silêncio
despertando em ti o entardecer.
A lucidez da entrega
rebate na languidez do ocaso,
e a estrela sem pouso certo
oscila na amplidão do espaço.
Etérea se faz a causa
ofuscando um desejo louco,
pois entre o encontro e o beijo,
o amor conduzirá o complemento.
É hora de voltar ao mar
é hora de ouvir o vento.
Itabira MG/Natal RN
07/11/2010