Realejo encantado

Canta a lua, alta madrugada

em versos de dizer que ama,

canções de almas apaixonadas

ouvindo-a, o coração te chama.

Bate-me um vento, brisa doce

nos olhos, roça-me a saudade

de quem partiu como se fosse

nada, todo o meu amor-verdade.

Então os olhos marejados

de pratas lágrimas de luares,

vão arranhando assim, alados

campos verdes, de meus suspirares.

Alento seja novamente meu desejo

pois apraz-me o contentamento

e, que as canções me sejam um realejo

trazendo de volta o amor que partiu no vento.

Minas/Rio

06/10/2010

Marçal Filho e Lena Ferreira
Enviado por Marçal Filho em 21/07/2015
Código do texto: T5318514
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