Realejo encantado
Canta a lua, alta madrugada
em versos de dizer que ama,
canções de almas apaixonadas
ouvindo-a, o coração te chama.
Bate-me um vento, brisa doce
nos olhos, roça-me a saudade
de quem partiu como se fosse
nada, todo o meu amor-verdade.
Então os olhos marejados
de pratas lágrimas de luares,
vão arranhando assim, alados
campos verdes, de meus suspirares.
Alento seja novamente meu desejo
pois apraz-me o contentamento
e, que as canções me sejam um realejo
trazendo de volta o amor que partiu no vento.
Minas/Rio
06/10/2010