Comunhão
O perfume dos seus versos
Acorda sentimentos dormentes
Penetra na pele da alma
Desperta sonhos, assanha asas.
Faz-nos voar pra bem longe
Mesmo estando de pés no chão
Sentindo gosto, cheiro, toque
Um banquete de sensações.
A beleza dos versos seus
Tem um quê de descompasso
Atravessa os devaneios
Amplia o pulsar do belo.
Traz na chama dos anseios
A visão mais pueril
E navega os interiores
Em cada célula faz morada.
A comunhão dos seus versos
Acalma a parte alada
Para explodir em outra parte
E eclodir na arte amada.
Minas/Rio
14/04/2010