Sem inspiração?
Tempestade de versos na mente
mas só o sereno caindo no papel
elevo as minhas mãos para o céu
lançando o meu olhar clemente.
Será que o vento é conivente
será que impede-me de juntar
rimas e versos às letras coerentes
será que eu não sei mais poetar?
A fúria de Zéfiro levou os versos meus?
A entressafra veio tirar minha razão?
Vou procurar a proteção de Zeus
e libertar minhas rimas do porão.
O poeta sem os versos enlouquece
empobrece se ficar sem o poema,
entristece definhando sua alma
pois seu trauma deságua no dilema.
Não quero colecionar distúrbios.
Minas/Rio
01/12/2009