Ah! Se eu pudesse

Pudesse eu...

Contemplar teus olhos de oceano,

metáforas viajadas,

poemas delirantes em aquarelas,

soltaria minhas amarras

num distanciar lento

direcionado a mundos de ti,

num mergulho delirante

e, no castanho anoitecer

seria a dança de sua alegria,

estações de toda vida

chegada imprevista...

Pudesse eu...

Persuadir os desejos que te cercam

teceria uma canção

para ouvir teu coração sonhar,

deixaria que o afago

ditasse todos os arrepios

e, desvendaria teus segredos

e, enquanto ouvia o arfar

de teus suspiros

beijaria a amplidão dos teus sentires

para reorganizar o que há de mais

sagrado, entre o afã e o amor desejado.

ItabiraMG/NatalRN

15/06/2010

Marçal Filho e Conceição Bentes
Enviado por Marçal Filho em 16/07/2015
Código do texto: T5312516
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