Dueto - SAUDADES
Saudades! Sim... talvez... e porque não?
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti! ( FLORBELA ESPANCA )
Saudades sim, quantas ainda hei de sentir
Deste amor tão forte em mim, que grita
E não o vês, pois nada sentes por mim
Fui apenas alguém a fazer-te companhia
Tantas vezes lutei pra esquecer-te
E retornas a minha procura e pra quê?
Para ferir-me ainda mais, fui ingênua
Dolorosamente encontro-me a chorar o perdido
Mais uma vez nos perdemos, na verdade nos perdemos
sem jamais termos nos achado...