Que seja, em ti, o Amor!

Que seja, em ti, o Amor!

Cala-se a surda brisa,

Com os cantos do meu pranto!

Voam os pensamentos insaciáveis...

Como nunca se viu tanto!

A noite agonizante,

Faz-me ver com clareza!

Pelos breus da solidão infinda...

Deparo-me com mútuas incertezas!

Será que é merecível,

Uma alma viver sob tormento?

Será que é eterno,

Ou terá fim, tal doloroso momento?

Solidão perpétua,

Como vampiro, suga-me o sangue vivo,

Mas o amor é maior,

E por ele sobrevivo!

Que me diz alguma alma,

Que se atreva a me explicar...

Que mistério que há,

Nessa coisa de amar?

Donde veio esse tal?

Que explora beleza na face,

E ternura no olhar?

De que lugar surgiu, que tão lindo nunca se viu?

Será meu Deus!

Que amar um ser assim é pecar?

Ou é erro querer,

E sem pudor desejar?

Que alma se arrisca,

A explicar-me o sentido...?

E me diga:

Se é castigo o que tenho vivido!?

( Erthaline )

Não te culpes; é da natureza, da vida;

Há, com certeza, muitos amores,

pelos sentidos, dolorosos e vívidos!

Que seja de tua plenitude humana,

existe com intensidade um Amor.

Sim, com “A” maiúsculo, único!

Vamos juntos para um cenário?

Numa ampla lagoa azul e translúcida,

a superfície reflete do céu a clareza.

Os sentidos ora ébrios neste entardecer,

não imaginam que logo pode anoitecer.

Veio o frio e da água não deseja sair;

Tal como seu corpo, a lagoa está morna.

Não é exato em saber qual diferença

entre o conforto sentido e futuro esfriar,

ou do frio sentido e o desejado acalorar.

O dia finda-se e a escuridão chega,

tomando conta do desavisado coração.

Porém, sabemos que irá amanhecer;

Retenha em pensamento tal sensação!

Um novo Sol irá, certamente, lhe prover

de um auspicioso novo alvorecer!

Podemos afinal, olhar e compreender;

Essa luz do Amor, em alguém refletida,

surge voluntariosa do próprio interior.

Ora! Noite ou dia, ou na madrugada...

Vamos em frente! Sim, deixar acontecer!

Seja a luz que há em mente, o Amor!

( Julio Silva )

Line

Acontece sempre algo indescritível quando conseguimos interargir.

Tu exalas com alegria a poesia que tive a felicidade de partilhar, compondo contigo esse dueto... Assim, resta-me te agradecer!

Obrigado, Linda Flor Capibaxa!

Tb te adoro, querida amiga.

Julio

Julio Cesar da Silva
Enviado por Julio Cesar da Silva em 14/06/2007
Reeditado em 15/06/2007
Código do texto: T526506
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