CARTAS AO SILÊNCIO

Em noites de silêncio

Em noites de sábado azul

Vagueiam as palavras nas margens sul

De sons em ventos sadios

Trocando os tons cinzentos

Pelas rosas sem espinhos

Nas letras que não ferem

Luares de todos os momentos

Descritos em cartas de amor,

Do amor dos teus olhos brilhantes

Que nos definem como amantes

Envolvendo-nos nessa chama, nesse calor...

Em que calo tua boca com gestos de ternura

Para esqueceres a tua vida árdua e dura

Num presente retalhado a sol quente

No fervor da nossa alma e do querer existir

Nas sombras dos teus dedos sem medos

Sons preenchidos de consoante e vogais

Gemidos pronunciados no silêncio, ais!

Momento exclusivo na nossa alma

Atracção dos corpos na pureza do clima

Magnético sentido no corpo terra

Na chama que explode vulcão

No eco das espumas da maré

Ligação dos corpos no mesmo núcleo

Acertos da equação corporal

Sentir fora da órbita terrestre

Cobertos do cio sensacional

Dois corpos formando um

Mesma vontade e um desejo comum

Sentir o mágico momento de um só

Corpo em alma e despertar

Nas formas que formam a ausência do resistir

Cambaleantes nas voltas que volte-amos nas folhas em nós

Nossos corpos em laços perfumados

Entre tépalas da ilusão

Inspirados pela mesma razão

No sentir dos verbos conjugados

Sílabas de prazer encontradas

Despojadas de detritos por amadas

Nas curvas encurvadas dos sujeitos

Em trocas amenas de ir e vir para amar

Na calma paz do nosso simples olhar

Nossas almas que se tocam sem falar

Nossas bocas que se beijam no calar

Nossos ventres que copulam por desejo

Da sintaxe em composição por sentido

17/05/2015

(Merlin Magiko & a´C)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko e a´C
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 17/05/2015
Código do texto: T5244778
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