Procura
Ontem a visão se fez mordaz
e dei de zombar do tédio,
hoje a solidão se deu voraz
então fui tomar um porre.
Pensei que no copo estaria a paz,
que talvez lá, estivesse o remédio
fui tola. Em nada sagaz,
quando o amor morre, morre.
Dei azar na brincadeira
dancei tango na ciranda,
matei a flor na jardineira
e agora a vida desanda.
Escorre pela ribanceira
numa avalanche sem fim,
e eu buscando encontrar
a paz que se perdeu de mim.
Minas/Sampa
25/02/2012