Pretensão derradeira

És minha fantasia derradeira

feita sob o véu da descrição,

turvada na pretensão ligeira

de quem ama em silêncio.

Conservo-te desconhecido,

ditoso desse mundo insano

e só de mim és conhecedor

um caso sério ou leviano.

Sou da costumeira flecha,

um voo, sem sentido ou direção

e volto sem atingir o alvo,

vencida, alquebrada, por inanição.

Sou química do desconhecido

perdida sem querer sorrir,

ousada e presa de mistérios

da cria do descaso louco,

e vivendo noutra dimensão.

Natal RN/Itabira MG

26/08/2010

Marçal Filho e Conceição Bentes
Enviado por Marçal Filho em 15/05/2015
Reeditado em 29/06/2015
Código do texto: T5243166
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