Pretensão derradeira
És minha fantasia derradeira
feita sob o véu da descrição,
turvada na pretensão ligeira
de quem ama em silêncio.
Conservo-te desconhecido,
ditoso desse mundo insano
e só de mim és conhecedor
um caso sério ou leviano.
Sou da costumeira flecha,
um voo, sem sentido ou direção
e volto sem atingir o alvo,
vencida, alquebrada, por inanição.
Sou química do desconhecido
perdida sem querer sorrir,
ousada e presa de mistérios
da cria do descaso louco,
e vivendo noutra dimensão.
Natal RN/Itabira MG
26/08/2010