Inquietude

A noite rasteja entre clamores e fantasias,

são somente faíscas no abismo do infinito,

invariavelmente o poeta se sente dominado.

Mesmo que os dias resvalem lampejos de alegria,

são somente inspirações nos bafejos da decepção,

ainda assim, o poeta busca o verso sem metáforas,

tenta inutilmente definir seu lado sorridente,

mas, um verso triste, acaba por ganhar maior sentido.

A noite busca o dia, deixando-o na porta do poeta,

este, ao levantar, esquece momentaneamente a tristeza,

porém, tem plena convicção de que ao retornar a noite,

trará de volta, outro verso melancólico, então o poeta,

se vê novamente fantasiando o óbvio pra se perder no vazio.

Vitória/Minas

28/10/2010

Marçal Filho e Marinete Fátima
Enviado por Marçal Filho em 15/05/2015
Reeditado em 29/06/2015
Código do texto: T5243151
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