Burburinho

Mora em mim

O silêncio das águas

Que descem mansas

Pelo pequeno córrego

No fundo do quintal.

Mora em mim

O silêncio das folhas

Que caem suaves no chão

E o vento se encarrega

De levar para bem longe.

Pulsa em mim

O desejo do tranquilo

Onde minha alma grita

Porque o caos insiste rebater

Nesse barco que navega sem rumo.

Trago em mim

Belezas de uma natureza pura

De folhas, de vento, de águas

De córregos, de silêncios e quintais

Mas, vivo perdido nesse burburinho louco.

Rio de Janeiro/Minas Gerais

17/12/2009

Marçal Filho e Lena Ferreira
Enviado por Marçal Filho em 15/05/2015
Reeditado em 29/06/2015
Código do texto: T5243138
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