Burburinho
Mora em mim
O silêncio das águas
Que descem mansas
Pelo pequeno córrego
No fundo do quintal.
Mora em mim
O silêncio das folhas
Que caem suaves no chão
E o vento se encarrega
De levar para bem longe.
Pulsa em mim
O desejo do tranquilo
Onde minha alma grita
Porque o caos insiste rebater
Nesse barco que navega sem rumo.
Trago em mim
Belezas de uma natureza pura
De folhas, de vento, de águas
De córregos, de silêncios e quintais
Mas, vivo perdido nesse burburinho louco.
Rio de Janeiro/Minas Gerais
17/12/2009