Ao som de Mozart
Hei de sentir os anéis de seus cabelos entre meus dedos,
permitir que deslizem como dança clássica em movimentos,
para inebriar-me em seu calor e completar meus sentimentos.
Sentir no balé mágico, ouvindo Mozart, entre arreios,
patas livres e soltas e as crinas rodopiando em pelos,
num bailar sublime, onde o amor nos isenta de rodeios.
Laços que se prendem entre aconchegos a sorrir,
são como uma peça lírica do teatro de Shakespeare,
onde o carinho é laço da rede e do anzol, o amor é colibri.
Assim, para sempre esse amor poderá nos encantar,
e seremos bailarinos com sapatilhas sem ponta,
ao som da música clássica em rodopios a bailar.
Pois se o amor e a ternura podem ser paixão eterna,
os cavaleiros que se unem num bailado de arrepios,
trazem sim por toda dança, vinhos, sonhos e quimera.
Pernambuco/Minas 12/06/2010