Prisma do olhar – Um duo
Ontem, olhar de cobiça, de encanto
Reflexo da sensualidade suave canto
No andar faceiro revela atração fatal
Corpo em conflito traduz eterno ritual
Isso se dá assim de forma bem sutil
Contendo uma aproximação intensa
Na textura de quem fulmina com fuzil
O amor então nasce valente e propenso
Hoje, olhar generoso de quem nada quer
Segredo desvendado em forma de mulher
Minúcias escondidas no recôndito da alma
Sensações veladas que a todos acalma
Amanha todo um mapa de possibilidades
Requer aos cuidados redobrados da alma
Para que tudo se de com viril intensidade
Procedendo assim tudo depois se acalma
Olhares famintos carregados de malícia
Olhares invisíveis transpassam em agonia
Conquistas imersas em mares de ilusão
Cruzam-se como vértices do mesmo prisma
Céu, terra e mar, giram, movem-se ao encontro
Como um tornado que devasta o epicentro
Na magia da sedução olhares misteriosos
Fascínios que perpassam olhares curiosos
Absorvem ávidos o despertar de desejos
É um processo de sentimentos amorosos
Que unem o casal na busca pela felicidade
Só conseguida com a renúncia da maldade.
Flor de Lótus & Hildebrando Menezes