JANELAS – Um duo
Os meus olhos são janelas
E se eles forem puros
Vão colorir aquarelas
Clarear cantos escuros
Vislumbrar novos horizontes
Navegar por mares bravios
Vencendo ondas gigantes
Ancorar no cais com maestria
Ver flores e passarinhos
Cruzarem pontes e muros
Soltando a voz no ninho
Na suavidade de sussurro
Polinizar de prazer
Os canteiros e os caminhos
Fazendo a tudo florescer
Com afagos e carinhos
Na calmaria da rua
Vão brilharem a luz da lua
Violeiros e cancioneiros
Alegram os caminhoneiros
Sentindo a vida pulsar
Com o sangue pelas veias
Seguir na banda a passar
Como a alma que incendeia
Ao acordar as lembranças
Descartar as velhas crenças
Lá dos tempos de criança
Quando era mero aprendiz
Descumprir juras que eu fiz
E... Se embora, ser feliz!
Lourdes Ramos & Hildebrando Menezes