André Anlub e Rogério Camargo 119

Um desafio dos mais complexos para quem não quer perder tempo com coisas simples:

Ficar parado, tão somente parado, simplesmente parado. É preciso mesmo uma simples mente, uma mente simples para ir além do somente “isso” ou “aquilo”. Movimento é o que ela conhece. Movimento é o que fará sempre, mesmo entendendo alguma coisa do não-movimento.

Em um dado momento o pensamento rompe a barreira do tempo, do som, do sol, do sempre... Assim sendo, rompe a barreira do trivial, dá-se então o fatal:

Vê que não adianta querer não querer. Vê que parar é outro movimento. Vê que silenciar é outro barulho. Os olhos então se fecham para enxergarem melhor e se abrem para o interno fazendo do criador um médico e da criação o enfermo.

Está dentro e imagina o fora. O fora imaginado dentro é apenas o dentro de novo, ainda e sempre.

O cerne em um minúsculo círculo é o mundo, e o universo é a arte; a arte em um A maiúsculo é um músculo que carrega o corpo do cerne.

É a saída mas não é a saída. É a resposta mas não é a resposta. E sorri como se fácil entender porque.

Um desafio dos mais simples para quem tem todo o tempo a perder com coisas complexas:

Achar a saída pelo que não é a saída. Achar a resposta pelo que não é a resposta.

Rogério Camargo e André Anlub

(11/4/15)

Site: poeteideser.blogspot.com