Acalanto
Meu eu, antevê a causa maior
primando pelo bem que hoje transcende,
e, de amor em amor sigo a espera,
da flor primavera que a vida me deu.
O que me foi dado,
o silêncio imprime esquecido,
nos braços dos lamentos
resguardando todo acalento,
que o amor vem acalmar.
É fácil sorrir para ajustar o tempo,
é primaz sentir-se em contentamento,
que vem como um bem deitado em divã.
Assim seguimos na canção do vento,
no doce cheiro de lembranças atemporais,
onde o inverno paralisa tua imagem,
etérea, que em mim descansa.
Itabira/Natal
04/10/2010