Acalanto

Meu eu, antevê a causa maior

primando pelo bem que hoje transcende,

e, de amor em amor sigo a espera,

da flor primavera que a vida me deu.

O que me foi dado,

o silêncio imprime esquecido,

nos braços dos lamentos

resguardando todo acalento,

que o amor vem acalmar.

É fácil sorrir para ajustar o tempo,

é primaz sentir-se em contentamento,

que vem como um bem deitado em divã.

Assim seguimos na canção do vento,

no doce cheiro de lembranças atemporais,

onde o inverno paralisa tua imagem,

etérea, que em mim descansa.

Itabira/Natal

04/10/2010

Marçal Filho e Conceição Bentes
Enviado por Marçal Filho em 27/04/2015
Reeditado em 28/06/2015
Código do texto: T5221958
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